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Saúde Mental: cuidado da infância à vida adulta - Campanha Janeiro Branco.


Falar sobre saúde mental, pode ser um pouco complexo, pois ainda hoje existem alguns preconceitos. Quando falamos e pensamos em saúde mental, não estamos falando apenas dos transtornos e doenças, mas também estamos falando e pensando na saúde dela e em como podemos olhar com mais cuidado para as emoções e para a forma que pensamos.

E também de estarmos atentos as nossas atitudes e o que fazemos para digerir a realidade que vivemos. A saúde mental é para todos: seja idoso, adulto, jovens ou crianças.

A infância é o período em que as crianças começam a ter contato com outras pessoas, fora do ambiente familiar. É na infância que o cérebro se "constrói", que ele se estrutura e se desenvolve e é nessa época que tudo é aprendido.

É na infância que elas desenvolvem a sua personalidade. Tem uma frase bem clichê, que nós ouvimos e falamos muito "a infância é feliz, é a melhor época da vida, livre de preocupações livre de frustrações". Porem a infância também é um período essencial para o desenvolvimento emocional, por ser uma fase de constante transformações e aprendizado. É nessa etapa que construímos nossa visão de mundo, das pessoas e de nós mesmos.

Em qualquer momento da vida, podemos desenvolver um trauma e claro que ninguém vai passar pela infância sem passar por vivências negativas, porem é na infância que elas tem maior impacto no desenvolvimento da saúde mental, causando danos ao psiquismo.


Os primeiros anos de vida, funciona como uma base para todas as aprendizagens que o cérebro vai absorver e que levará para os próximos anos, então é nos primeiros anos que os sintomas de transtornos aparecem e que pode se agravar na vida adulta. As crianças também estão sujeitas a passar por situações que causem um mal-estar emocional, embora não as expressem da mesma forma que os adultos. No entanto durante a infância, a compreensão dos próprios pensamentos e emoções não são tão simples. Pesquisas cientificas mostram que na infância existe o estresse como uma resposta normal do organismo quando se depara com uma situação adversa. E são classificadas em três tipos.

  1. Estresse Positivo (ou leve): é de curta duração, é possível ser controlado pela própria criança e pelo suporte de um adulto/pais, faz parte do seu desenvolvimento. São situações e adversidades que acontecem no cotidiano, como tomar uma vacina, ouvir um não, uma birra.

  2. Estresse Tolerável (ou moderado): é mais sério e com maior duração, conta com o apoio dos adultos/pais para o reestabelecimento da criança. São situações em que a criança passa por doenças que precisam de maior tempo de cuidado e tratamento, como um luto, um desastre natural, normalmente está relacionado a alguma adversidade mais grave.

Esses dois tipos de estresse são normais para o desenvolvimento infantil, pois nestas situações elas encontram o apoio de um adulto para poder superar as dificuldades.


3. Estresse Tóxico: é quando na infância a criança passa por situações de negligencia, medo, angustia de forma constante e repetida por um período prolongado e sem apoio de um adulto para acolher.

Esse tipo de estresse é o que prejudica o desenvolvimento do cérebro e pode trazer consequências graves de comportamento, aprendizagem, dificuldade de se relacionar, baixa imunidade, e quando adulto pode desenvolver doenças cardíacas, diabetes, depressão, dependência química, entre outros.

Por este fato, a saúde mental precisa ser cuidada e mais valorizada. Para evitar o estresse tóxico, a família precisa ser fonte de segurança. O ambiente familiar precisa ser de respeito, acolhimento, afeto, cuidados, isso é fundamental para o desenvolvimento integral das crianças e de uma boa convivência e aprendizado.


Um ambiente favorável a saúde mental diminui demais os problemas psíquicos, facilitando a convivência e o aprendizado no ambiente escolar e futuramente nos ambientes profissionais e familiares. Para os pequenos a rotina tranquila, segura e amorosa trás benefícios para toda a vida.

Por vezes escutamos que é apenas na fase infantil que não temos controle das próprias ações e reações, que nos irritamos e choramos por qualquer motivo. Há quem pense que esse é um assunto encerrado na infância e que a maturidade emocional é alcançada na fase adulta, põe fim a incapacidade de lidar com as emoções. Porem, o adulto também está sujeito as dores e ambivalências dos sentimentos, e quando não reconhece isso, acaba se comportando de maneira não saudável com os outros e consigo mesmo.

Sabendo que as crianças aprendem com a observação dos adultos e absorvem comportamentos desde muito cedo, é importante dar o exemplo e dedicar um tempo à educação emocional dos filhos, isso pode ser enriquecedor para a saúde deles e da família.


As emoções se desenvolvem ao longo de todo o ciclo vital, mas quanto antes começarmos melhor. Estudos dizem que desde os dois anos e meio já é possível educar as emoções e o mais importante é que isso tem influência durante toda a vida.

As crianças aprendem muito com os adultos, dessa forma é importante sim sabermos que a saúde mental não é apenas cuidar daquele que já sofre, mas também é cuidar daquele que está suscetível a sofrer. É cuidar daquele que é vulnerável, é pensar naquele que "pode desenvolver" um transtorno ou doença. Então se a saúde mental na primeira infância é necessária e a criança aprende muito com o adulto, então a saúde emocional é necessária para todos.



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