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Ansiedade Infantil


A ansiedade é uma combinação de sentimentos: medo, preocupação, apreensão; e que também pode ser acompanhados de sintomas físicos.

A ansiedade é uma resposta natural do nosso corpo a determinada situação, podendo ser positiva ou negativa. Cerca de 10% das crianças sofrem de ansiedade, sendo que 5% pode desenvolver quadros depressivos.

A ansiedade faz parte da nossa vida e em certo nível, pode ser considerada saudável, pois nos ajuda a ter: pontualidade nos compromissos, resolver uma questão que nos preocupa, fugir de situações que podem ser arriscada, entre outros.


As crianças podem desenvolver o Transtorno de Ansiedade como os adultos, porem expressam de forma diferente. Pois as crianças não tiveram ainda tantas experiencias de vida como os adultos, seu repertório verbal não é tão amplo como o do adulto e possui dificuldade para se expressar e compreender as emoções. Cada fase do desenvolvimento da criança em uma característica e um desafio a ser superado, pois elas passam por um processo de descoberta, de aprendizagem que libera nela um nível de ansiedade normal e a superação desse desafio, gera um sentimento de bem-estar, ou seja, vivemos essa situação e superamos.


A ansiedade passa a ser um problema, quando se torna disfuncional e impede que a criança realize tarefas simples do dia-a-dia, como: brincar com outras crianças, dormir sozinha, ir à escola, etc. Tudo começa a parecer mais perigoso, mais difícil e preocupante, mesmo aquelas coisas que não apresentam riscos reais. Ter alguma preocupação faz parte da experiencia de cada criança, no entanto quando essa preocupação, esse medo, essa apreensão dificulta o funcionamento normal ou a rotina da criança, devemos observar e considerar um transtorno de ansiedade. Contudo, a maioria dos medos e ansiedades infantis, são normais e decorrentes do processo de aprendizagem, em cada fase do desenvolvimento é comum que desapareçam naturalmente. A questão que os pais devem observar é a intensidade, e a persistência que esses medos e preocupações estão aparecendo e interferindo no dia- a -dia da criança.


O transtorno de ansiedade pode ocorrer devido a muitos fatores e geralmente é desenvolvido por questões psicossociais (após vivencias traumáticas, como brigas, acidentes, doenças, luto, pandemias, etc.). Outro fator é a família; geralmente pais ansiosos tem maior probabilidade de criar filhos ansiosos. Os transtornos de ansiedade podem aparecer na infância e se ignorados nesta fase, podem persistir até a vida adulta, aumentando a probabilidade de desenvolver outro tipo de patologia. A diferença é que nas crianças é mais difícil compreender as emoções que geram, pois como não conseguem se expressar verbalmente e como não possui tantas experiências de vida como o adulto, elas não entendem o que está acontecendo. A ansiedade nos impede de viver o presente. É necessário ter paciência e conversar com a criança.


Há 04 tipos mais comuns de Transtornos de Ansiedade:

  • Transtorno de Ansiedade de Separação:

São reações emocionais exageradas na ausência dos pais, pessoas próximas ou até mesmo da sua casa. Até o inicio da fase escolar é esperado este comportamento, inclusive no período de adaptação escolar, porem quando esta ansiedade passa a interferir na vida social da criança e da família, quando o comportamento não condiz mais com a idade e com o grau de escolaridade, pode ser um sinal que esta ansiedade esta virando um transtorno.

Observe os sintomas físicos também, como: dor de cabeça, dor de barriga, forçar o vômito, se recusar a ir para a escola com frequência, ser muito apegado a um professor, birras constantes, se negar a comer, medo de que algo aconteça com seus pais, solicitar frequentemente a presença dos pais, entre outros.

  • Transtorno de Ansiedade Generalizada - TAG

É caracterizado pela preocupação excessiva e incontrolável sobre diversos aspectos da vida, de forma intensa e prolongada. O tempo todo a criança imagina situações de perigo e limitações pessoais, costumam falar: e se eu não conseguir, estou bem mesmo com esta roupa, e se acontecer aquilo. Geralmente sempre questionando e desacreditando, necessitando de afirmações constantes, apresentando comportamentos de insegurança e perfeccionismo. Suas preocupações são diversas com as situações do dia-a-dia, com amigos, familiares, se estão bem.

  • Transtorno de Ansiedade Social ou Fobia Social

É o medo excessivo e persistente de situações sociais ou de desempenho pessoal. A criança tem receio de ser exposta a pessoas desconhecidas. Medo de agir de algum modo que se sinta humilhado ou envergonhado, causando ansiedade e sofrimento, pois pensa no que as pessoas vão pensar, achar ou falar dela, ficam com medo de falar, agir e até mesmo de vestir uma roupa "errada".

Até os dois anos, dois anos e meio é normal e esperado que as crianças estranhem as pessoas que ela não tenha muito contato, e evite ou tenha pouco interesse por essas pessoas. Mas após esta idade, se a criança continuar com dificuldade de socialização, evitando o contato com as pessoa que se aproximam, é importante ficar atento para não se tornar um Transtorno de Ansiedade Social, onde normalmente, elas costumam: evitar falar no telefone, evitam se apresentar em público, evitam conversar com adultos e outras crianças, ir para a escola, usar banheiros públicos, sem alimentar em público, frequentar lugares movimentados, etc.

  • Transtorno de Pânico

Crianças possui ataques de pânico inesperado por medo que algo ruim aconteça, apresentando diversos sintomas físicos, tais como: tremor, coração disparado, dor de estômago, suor excessivo, falta de ar, medo de desmaio, medo de morrer, entre outros, além dos sintomas emocionais.

O Transtorno de Pânico, ocorre em formas e momentos inesperados, podendo evitar certos lugares e situações que desencadeie a Síndrome do Pânico. Podendo também evoluir para Agorafobia - transtorno que gera medo incontrolável de lugares e situações que vão gerar pânico.

Viver a ansiedade é sinônimo de saber lidar com ela e de forma saudável. Hoje em dia, fazemos tudo de forma acelerada e esperar se torna uma missão quase impossível.


Trouxe algumas dicas para lidar com a Ansiedade Infantil

  • Geralmente pais ansiosos geram filhos ansiosos: olhe para si mesmo, observe seu comportamento e perceba se esta gerando ansiedade no seu filho.

  • Não Julgue, ajude-o : não ridicularize, esta atitude, dizer que é besteira, não vai resolver. Por ex. se a criança tem medo de tomar vacina, ao invés de falar que feio, vai chorar que nem bebe - essa atitude ridicularizando não vai ajudar. Diga: eu sei que você tem medo, isso é normal, mas eu estou contigo, estou aqui para te ajudar a enfrentar esse momento.

  • Explique para a criança que ansiedade é uma preocupação exagerada de algo que ainda não aconteceu (do futuro). Tente ajuda-lo a gerenciar estas emoções, precisamos arrumar formas de não alimentar este sentimento, ajude a dar nome aos sentimentos. O que é ansiedade? O que é tédio? O que é raiva?

  • Passe segurança para a criança, por exemplo: se a criança tem medo de barata, mostre a ela que a barata é inofensiva para ela, mostre que muitas pessoas podem ter medo de barata e enfrentam, fugir só vai alimentar o sentimento de medo.

  • Ensine a criança a saber esperar, nem tudo na vida se resolve na hora que queremos e de imediato. Assim ele não precisa se preocupar com algo que está para acontecer.

  • Frustração faz parte do desenvolvimento, nem tudo na vida podemos controlar, saber se frustrar é fundamental para aceitar que nem sempre, tudo sai como desejamos. A criança precisa de limites, rotina, de previsibilidade e também de flexibilidade. Não ser tão rigoroso, caso haja algum imprevisto no cumprimento da rotina, um ambiente muito rígido se torna pesado e gera ansiedade.

  • Questione os pensamentos de: medo, preocupação, antecipação. Mostre a criança que pensar toda hora no assunto, no problema, não vai resolver. Relembre a ele um momento ou situação que ele ficou preocupado e no fim deu tudo certo. Ansiedade é excesso de futuro e faz com que não vivamos o presente. Então ajude-o a não deixar de viver as situações boas do presente, do agora.

  • Ensine a criança a respirar e técnicas de relaxamento, a respiração profunda acalma, oxigena o cérebro, ensine formas de amenizar o sofrimento, que pode ser de forma emocional ou física.

  • Entenda que o tempo da criança é diferente do tempo do adulto. Não exija além do que a criança pode fazer, principalmente através de uma atitude autoritarista. Você é adulto, ela é criança que esta em fase de desenvolvimento e aprendizagem. É preciso ter bom senso, paciência e respeito. Ajude a ter autonomia e responsabilidade, mas de forma tranquila e carinhosa sem pressão excessiva.

Os transtornos de ansiedade podem aparecer na infância e se ignorados nesta fase, podem persistir até a vida adulta, aumentando a probabilidade de desenvolver outro tipo de patologia. É preciso ajudar as crianças a enfrentar as situações que geram medo e ansiedade.

Buscar por um psicólogo, psicólogo infantil, psicopedagogo, orientação parental, pode te ajudar. Havendo a necessidade de medicamento, procure um Psiquiatra. O psicólogo infantil e o psicopedagogo, trabalham através da ludoterapia - jogos e brincadeiras onde as crianças expressam sentimentos, medos, emoções e comportamentos.







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